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A importância de unir análise subjetiva e análise objetiva para fazer sua precificação
Por: Gustavo Heinrich (Gustavo Lampião)
Fotos: Arquivo Pessoal / Shutterstock
Muito se fala da importância dos números para se obter sucesso nas apostas esportivas. O punter, por exemplo, vivencia a matemática no seu dia a dia. E, de fato, ter facilidade para lidar com algumas operações e estatísticas pode ser um bom diferencial. Mas a realidade é que nenhum apostador precisa ser expert em cálculo para se tornar lucrativo e ser um bom profissional. Vamos mostrar isso mais abaixo.
Os tipos de análise para a precificação de um punter
Existem dois tipos de análises que um punter deve realizar para fazer sua precificação e encontrar o melhor valor no mercado (ainda que, é importante deixar claro, nem todo punter utilize os mesmos métodos para precificar um evento nas apostas). Estamos falando das análises subjetiva e objetiva.
A análise subjetiva é aquela que depende do ponto de vista pessoal, individual, que não é fundada em algo concreto, mas condicionada por sentimentos, pelo feeling. Ou seja, é a avaliação pessoal do apostador na precificação.
A análise objetiva, por sua vez, é fundada na observação imparcial dos números e eventos. Independe de preferências individuais, ou seja, é baseada em fatos e estatísticas.
Dica:
É de fundamental importância durante a análise pré-jogo saber mesclar as avaliações objetivas e as subjetivas para definir a precificação do evento. De maneira que não adianta filtrar as melhores estatísticas possíveis para um evento, se você não conseguir fazer nenhuma análise subjetiva.
Da mesma forma, o contrário: você pode ter uma opinião própria a respeito de um evento, mas essa leitura estará incompleta se não for acompanhada de uma análise objetiva.
Para tornar mais fácil a compreensão, a seguir, mostraremos como precificar um evento utilizando as duas análises.
Começaremos definindo os pesos da análise objetiva.
Exemplo 1: Precificação utilizando pesos da análise objetiva (de 0 a 100%)
Time A
Últimos 5 jogos em casa: 4 vitórias / 80% de aproveitamento
Últimos 5 jogos na mesma competição: 4 vitórias / 80% de aproveitamento
Últimos 10 jogos em qualquer competição: 8 vitórias / 80% de aproveitamento
Últimos 5 jogos H2H (confronto direto): 2 vitórias / 40% de aproveitamento
Média dos pesos: 70%
Cotação (Odd justa): 100/70% = 1,43
Como se pode perceber, damos pesos para alguns fatores na análise objetiva (desempenho nos últimos jogos, confronto direto, etc). Avaliaremos agora os pesos da análise subjetiva.
O ponto importante aqui é: a análise objetiva agora passa a ser um dos pesos da subjetiva e ajudará a definirmos a precificação do evento.
Exemplo 02: Precificação com pesos da análise subjetiva (de 0 a 100%)
Time A:
Necessidade de vitória: 80% de necessidade
Desempenho tático: 60% de desempenho
Análise objetiva: 70% (análise realizada no exemplo 01)
Fator casa: 40% de força jogando em casa
Força técnica do time: 80% de força da equipe
Média dos pesos: 60%
Cotação (Odd justa): 100/60% = 1,51
Seguindo os exemplos, podemos perceber claramente as diferenças entre as duas análises e a importância de cada uma delas. O principal ponto é: a análise objetiva é importante, no entanto, ela precisa ser incorporada, posteriormente, à análise subjetiva. E então, somadas, conseguiremos precificar de maneira correta o evento.